Guarda compartilhada de animais: casais separados adotam regras de bem-estar para o pet
05/09/2024
(Foto: Reprodução) Ainda não existe lei para guarda compartilhada de animais, mas decisão deve ser em comum acordo entre os tutores. Guarda compartilhada de animais: casais separados adotam regras de bem-estar para o pet
TV TEM/Reprodução
Nos dias atuais, é comum que as pessoas considerem os animais de estimação como membros da família, tanto sentimentalmente quanto no tratamento com eles. No entanto, em caso de separação dos tutores, o que acontece com os bichinhos?
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Esse é um drama e um questionamento de muitos casais. Além do fim do relacionamento, lidar com a ausência do convívio diário com o pet não é uma tarefa fácil.
O advogado Marden Martins, de São José do Rio Preto (SP), contou à TV TEM que não existe uma lei específica com regras sobre a guarda do animal, mas isso não quer dizer que deixa de ser um momento importante e decisivo para os tutores.
"É importante isso ser resolvido de forma amigável, organizarem os dias em que cada um vai cuidar, se ajustar as demandas de viagens ou compromissos para que o animal não fique sem ninguém, essa é a melhor solução para ele" , conta.
Mayra, que é uma das tutoras da Lola, cachorra de sete anos do casal
TV TEM/Reprodução
A tatuadora Kettly Barbosa e a criadora de conteúdo Mayra Dayana da Silva, também de Rio Preto, são separadas e têm a cachorrinha Lola, de 7 anos. Kettly conta que a conversa foi essencial para resolver o futuro do animal.
"Depois que a gente começou a ver a Lola feliz, quando ela via a Mayra ou eu, a gente percebeu que ela não precisava passar pela mesma situação chata que estávamos" ,explica.
A guarda da Lola é compartilhada entre as duas, uma semana com cada "mãe". Hoje em dia, as mulheres dizem estarem felizes com a decisão que tomaram para cuidar melhor da cachorra.
Lola de sete anos, que é a cachorra de Kettly e Mayra que são as tutoras separadas
TV TEM/Reprodução
A Mayra contou à TV TEM, que a cachorra é tratada como uma filha pelas duas tutoras.
"Ela é super mimada e também ciumenta inclusive, agora que ela fez sete anos e já está mais velhinha. Então, acaba que temos um cuidado extra com ela", conta.
Sem consenso
O advogado explicou, também, como funciona nos casos em que o casal não entra em comum acordo e recorre à justiça.
"Uma vez que não existe o consenso, o juiz vai abordar as questões que visam o melhor interesse do animal que no caso é, qual a interação dele com o casal, quem vai ter o melhor espaço e mais disponibilidade e mais vínculo, tudo isso para reduzir o sofrimento do animal", explica.
Ainda segundo o advogado, a decisão tomada é semelhante à guarda de um filho, pois é esse o sentimento que os tutores transmitem para animal de estimação.
Casais separados compartilham a guarda de animais domésticos
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